Levantamento feito pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas
Psicotrópicas (Cebrid), instituição ligada à Universidade Federal de São
Paulo (Unifesp), mostra que 1,4% dos estudantes do Brasil já colocou a
saúde em risco para entrar em forma (ganhar músculos).
Os dados são referentes ao ano de 2010 – e foram divulgados no
fim do ano passado. Em 2004, primeiro ano pesquisado, o índice era de
0,8%, um aumento de 75% em seis anos.
Para a pesquisa, foram
ouvidas 50 mil pessoas com menos de 19 anos, de todas as capitais do
País e do Distrito Federal. Os que afirmaram já ter usado
esteróides anabolizantes superam o número dos que admitiram a utilização
de crack (0,7%). Em outra análise, feita com maiores de 18 anos e
matriculados em universidades, a Secretaria Nacional Antidrogas detectou
que 3,5% fazem uso da substância. Nos EUA, a marca não passa de 1%.
Os
esteróides anabolizantes, quando utilizados apenas para fins estéticos,
sem o acompanhamento de especialistas, compromete o funcionamento do
organismo, afeta a região cerebral responsável pelo controle dos
impulsos (mostrou pesquisa feita pelo Instituto Adolfo Lutz),
sobrecarrega o coração e traz outras sequelas, como atrofiamento
muscular e impotência.
Os homens são maioria entre o uso
clandestino, mas o conceito de beleza atual, que exige das mulheres mais
massa muscular, também aproxima do sexo feminino o perigo. Nelas, além
da fertilidade ameaçada, o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC),
são dois problemas recorrentes da utilização.
Uma das primeiras
aéreas do corpo que sofre interferência dos anabolizantes é a voz, que
nelas tende a ficar mais grossa e, neles, mais fina. O ambulatório da
Voz da Faculdade de Medicina Santa Casa recebe muitos pacientes com
estas alterações.
Por Fernanda Aranda
Fonte: http://www.educacaofisica.com.br/index.php/ciencia-ef/canais-cienciaef/doping/22248-uso-de-anabolizantes-cresce-75-em-6-anos-no-pais
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