Terra batida é considerada a superfície perfeita para correr
Por Renata Demôro
Correr queima calorias e melhora o
condicionamento cardiovascular, mas exige uma série de escolhas que
podem interferir no seu desempenho e na sua saúde. De acordo com Marcelo
Duarte, coordenador técnico da equipe MD Runners,
no Rio de Janeiro variar os terrenos pode ser uma boa maneira de
aproveitar o melhor de cada solo. “O corredor amador só não pode
esquecer a especificidade de cada prova: se for realizada no asfalto,
você não pode treinar apenas na grama, para evitar o impacto nas
articulações”, explica o treinador.
Subidas íngremes ou declives
acentuam a dificuldade e o gasto calórico, mas devem ser selecionadas
com critério. “Quanto maior for o esforço, maior será o gasto calórico.
Ao mesmo tempo, quanto maior for o esforço, menor será o tempo tolerado
no exercício. Antes de se inscrever em diferentes provas de rua, é
preciso realizar uma avaliação médica e procurar a orientação de um
treinador”, explica Marcelo. A seguir, conheça os prós e contras de
treinar em cada tipo de terreno:
“Nada como treinar no
piso em que você vai disputar a prova”, diz o treinador Marcelo Duarte.
Para os corredores de rua, ele recomenda reservar pelo menos um dia da
semana para este tipo de terreno. Márcia Ferreira,
triatleta e proprietária de assessoria esportiva que leva seu nome,
explica que o asfalto é uma superfície relativamente dura e que
proporciona baixa absorção do impacto.
Terra batida:
“A terra batida é
considerada a superfície perfeita para a prática da corrida, oferecendo
excelente absorção do impacto. O tênis sujo após o treino,
principalmente em dias de chuva, é um dos problemas deste tipo de
terreno”, diz Márcia Ferreira. Para o treinador Marcelo Duarte, é
difícil encontrar grandes extensões deste tipo de solo nas metrópoles,
mas ele pode ser excelente para quebrar a rotina do treino.
Grama:
Areia:
Segundo o treinador
Marcelo Duarte, “o treino na areia fofa proporciona o ganho de força e
velocidade ao corredor, além de fortalecer a musculatura da coxa, mas
pode agravar problemas ósseos ou articulares preexistentes”. Já a
corrida na areia molhada trabalha toda a musculatura dos membros
inferiores, mas também exige mais desta região do corpo. “Na areia, o
centro de gravidade do corredor é deslocado, forçando a coluna e o
quadril. A superfície desnivelada também não é a ideal e como a maioria
das praias urbanas é de tombo, ou seja, possui inclinação nas
proximidades da água do mar, o declive pode agravar um problema já existente”, explica ele.
Esteira:
Para Marcelo Duarte, “a
esteira proporciona mais amortecimento do impacto quando comparado aos
treinos externos, mas alguns corredores consideram-na monótona. Também é
interessante em dias frios ou chuvosos e ainda para quem busca um
treino com inclinação, mas não tem ladeiras por perto, já que basta um
clique para encontrar a posição ideal”. Márcia Ferreira ressalta a
facilidade de manter o ritmo da corrida. “Ela
não pode ser a base do
treino, já que a mecânica é muito diferente de uma prova de rua”, diz a
triatleta.
Cimento:
Marcelo Duarte explica
que o cimento é pouco utilizado para treinos de corrida. “Levanta muita
poeira e existem poucos locais com este tipo de terreno nas grandes
cidades”, diz o treinador. Segundo a triatleta Márcia Ferreira, “o
cimento é uma superfície muito dura, com baixa absorção de impacto e
alto risco de lesões articulares”. Entre os prós de correr neste tipo
de terreno, a triatleta Márcia Ferreira destaca a facilidade de correr
em um solo nivelado sem o risco de tropeçar.
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